Estresse: o que devemos saber?

Afinal, o que é Estresse?

O estresse é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma,
perturba o nosso equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou projetado, as defesas do organismo reagem rapidamente, num processo automático conhecido como
reação de “luta ou fuga” ou de “congelamento”, ou seja, isto é o que chamamos de estresse.
Inicialmente, o estresse pode ser positivo, contudo, para além de um certo nível, este deixa de ser proveitoso e começa a prejudicar gravemente a saúde, a alterar o humor, a
produtividade, os relacionamentos e a qualidade de vida, em geral.
É importante saber reconhecer os seus sinais e sintomas e, consequentemente, tomar medidas para minimizar os efeitos do estresse.

A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas pessoas o estresse é tão comum que se tornou, quase, um motor da vida.
Mesmo de curta duração, o estresse pode ter impactos prolongados no organismo. O estresse agudo, causado por uma desavença com o seu cônjuge ou por um evento
mais dramático como um terremoto, um acidente, uma pandemia, entre outras situações, pode assumir um impacto ainda maior. Quando expostos a períodos mais longos, o
estresse pode tornar-se crônico ou atingir uma situação limite, conhecida como burnout. Veja a seguir, quais são os diferentes tipos e fases do estresse.

Tipos, fases do estresse:

Podemos identificar dois tipos de estresse: O estresse positivo e o negativo. Ou seja, o estresse nem sempre é negativo. Em pequenas doses, pode nos ajudar a trabalhar sob
pressão e motivar-nos a fazer o nosso melhor. Já, o contrário, quando atinge níveis elevados, o corpo e a mente pagam o seu preço.

Estresse positivo: Ajuda a nos mantermos centrados nos objetivos que pretendemos alcançar, enérgicos e alertas. Durante uma apresentação, estimula a concentração ou
pode impulsionar aos estudos para um exame quando já estamos cansados, por exemplo.
Em situações de emergência, pode salvar vidas, dando-lhe a força extra para se defender, mobilizando-o a agir. Na verdade, o estresse nos protege, em muitos casos,
preparando o corpo para reagir rapidamente a situações adversas. Esta resposta automática de “luta ou fuga” ajudou a garantir a sobrevivência do Homem quando o
ambiente exigiu reações físicas rápidas em resposta às ameaças, como as dos animais predadores, na antiguidade. Confrontado com o perigo, o corpo entra em ação,
inundando-o com hormônios (hormônios do estresse) o que elevam os batimentos cardíacos, aumentam a pressão sanguínea, aumentam a energia e preparam-nos para
lidar com o problema.
Além disso, o estresse não surge apenas em consequência de acontecimentos desagradáveis. Acontecimentos positivos, mas que constituem uma mudança significativa nas
nossas vidas, como por exemplo casar-se, uma nova atividade profissional, uma gravidez, mudança de casa ou cidade, etc, também podem nos deixar tensos e provocar
estresse e ansiedade.
O problema é que nos tempos modernos a resposta ao estresse é acionada regularmente pelo nosso organismo, embora as nossas vidas não estejam em perigo, e a
exposição crônica aos hormônios do estresse podem prejudicar o organismo, como veremos adiante: O estresse crônico.

O estresse pode causar danos generalizados, por isso, é importante conhecermos as suas diferentes fases e o nosso próprio limite. Algumas pessoas são capazes de
desmoronar perante um obstáculo ou frustração, enquanto outras parecem prosperar sobre a emoção e o desafio de um estilo de vida de alto estresse.
A capacidade do indivíduo o tolerar depende de muitos fatores, incluindo a qualidade dos seus relacionamentos, a sua visão geral sobre a vida, a sua inteligência emocional e
a própria genética.
É importante aprender a reconhecer quando o nível de estresse está fora do seu controle e é entendido como extrapolando os seus limites, físicos e psicológicos. É importante
saber reconhecê-lo e efetuar uma boa gestão do estresse, de forma a minimizar o problema

Saiba identificar o estresse e os seus sintomas:

Os sintomas de estresse são a forma que o nosso organismo encontra para nos informar das alterações que estão para acontecer. Certamente você já sentiu as mãos
transpirando ou o seu coração batendo mais depressa, antes de efetuar uma apresentação ou participar de uma reunião importante ou até mesmo, enquanto assiste um
filme de terror. Estes são alguns dos sintomas de estresse na pele e no coração, mas muitos outros afetam o nosso corpo (sintomas físicos) e a mente (sintomas psicológicos).
Desde o estresse positivo até sentirmos muito estresse, passando por um estresse excessivo ou estresse agudo, estas são as fases em que os sintomas de estresse e
ansiedade vão se agravando com o decorrer do tempo, podendo classificar em 03 fases: alerta, resistência e exaustão.
Saber reconhecer quais os sintomas em cada uma das fases é de primordial importância, uma vez que, a tendência é que se nada for feito ao contrário, o estresse irá se
agravar com o tempo, podendo desencadear graves consequências para a nossa saúde.

Hoje, reconhece-se que o cérebro e todas as suas estruturas são responsáveis pelo processamento das sensações, cognições, sentimentos e movimentos. A nível anatômico,
o ser humano é composto por vários sistemas tais como: nervoso, gastrointestinal, circulatório, respiratório, tegumentar, muscular, urinário, endócrino, imune,
esquelético, reprodutor e outros. Deste modo, o cérebro ao processar e a interpretar toda a informação poderá, em certas situações, aumentar o ritmo cardíaco, provocar
respostas de aumento da humidade nas mãos ou testa, aumentar a tensão muscular (os músculos ficam mais rígidos e tensos) e elevar o estado de concentração.
Este processamento é efetuado sem intervenção no próprio indivíduo e, por vezes, é um ato inconsciente, onde é apenas compreendido quando há uma reação fisiológica. Por
vezes, as reações do sistema fisiológico são tão claras que temos plena consciência que o nosso corpo está reagindo a algo que está acontecendo à nossa volta ou ao que
estamos pensando.
A forma como estas reações fisiológicas são levadas em consideração são comuns em todos os indivíduos, o que é diferente é a forma como são ativadas, pois dependem,
sobretudo, da forma como interpretamos o mundo à nossa volta, do nosso estilo de vida, da experiência passada, da nossa inteligência emocional, da saúde mental, etc.
Para melhor entendermos quais são os sintomas do estresse, para os quais devemos estar mais atentos, classificamos eles em estresses mentais e físicos.

Estresse mental:

Os sintomas de estresse emocional são, os seguintes:
• Cansaço mental;
• Perda de memória;
• Falta de concentração;
• Desânimo (pensamentos negativos);
• Ansiedade;
• Preocupação excessiva;
• Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
• Irritabilidade excessiva (a pessoa se sente frequentemente irritada);
• Agitação psicomotora, incapacidade de relaxar;
• Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
• Sentimento de solidão e isolamento (isolar-se dos outros);
• Depressão ou tristeza;
• Negligenciar responsabilidades, evitar situações;
• O uso de café, álcool, tabaco ou drogas para tentar relaxar.
• Estresse – sintomas físicos

Os sintomas físicos do estresse são geralmente os seguintes:

• Sensação de cansaço;
• Dor nas costas, dores musculares;
• Diarreia ou constipação (prisão de ventre);
• Dor de barriga (dor no estômago);
• Azia;
• Pressão arterial alta;
• Tonturas e náuseas;
• Dor de cabeça;
• Dor no peito;
• Frequência cardíaca mais acelerada (taquicardia);
• Perda do desejo sexual (falta de libido);
• Alergias e constipações frequentes;
• Alterações no apetite (comer muito ou falta de apetite);
• Perturbações do sono (excesso de sono, dificuldade em dormir – sem sono);
• Tiques nervosos (cacoetes, roer as unhas, por exemplo);
• Queda de cabelo;
• Alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
• Alterações na menstruação;
• Mãos transpiradas;
• Herpes.

Identificar as causas do estresse, esta é uma importante forma de nos prepararmos melhor para combatê-lo.
Geralmente, vemos o estresse como sendo algo de negativo que nos acontece: como um horário de trabalho cansativo ou uma relação complicada. No entanto,
acontecimentos positivos, tais como: casar-se, comprar uma casa, ir para a faculdade, ou até receber uma promoção também podem estar na sua origem.
Obviamente, o estresse não é causado exclusivamente por fatores externos. Ele pode ser autogerado, por exemplo, quando nos preocupamos, excessivamente com algo que
pode ou não vir a acontecer. Pensamentos pessimistas sobre a vida, isto também pode constituir uma fonte de estresse. As causas do estresse também dependem da
percepção que temos dele. Algo que é estressante para uma pessoa pode não o ser para outra.

Causas de estresse Externas:

• Estresse no trabalho /profissional;
• Problemas financeiros;
• Grandes alterações e mudanças de vida;
• Perda de parentes, amigos, familiares em geral;
• Problemas familiares;

Causas de estresse internas:

• Padrão de comportamento ansioso (estressada /estressado);
• Preocupação constante;
• Pessimismo;
• Expectativas irreais / perfeccionismo;
• Pensamento rígido, falta de flexibilidade;
• Atitudes como “tudo ou nada”.

• Fatores emocionais, que são também denominados como fatores internos, incluindo medos e ansiedades, bem como certos traços de personalidade (tais como
perfeccionismo, pessimismo, desconfiança ou uma sensação de impotência ou falta de controle sobre a própria vida) que podem distorcer o nosso pensamento ou a
nossa percepção dos outros.
• Fatores familiares podem incluir mudanças no nosso relacionamento, problemas financeiros, lidar com uma criança difícil ou um adolescente rebelde ou experimentar a
síndrome do ninho vazio (quando os filhos se tornam independentes e deixam a casa dos pais.
• Fatores sociais surgem nas nossas interações pessoais e podem incluir encontros, festas e falar em público.
• Fatores químicos são aqueles que se prendem com o uso de algum tipo de droga: como o álcool, a nicotina, a cafeína ou tranquilizantes.
• Fatores relacionados com a tomada de decisões importantes: tais como a escolha de uma carreira ou de um companheiro.
• Fatores fóbicos (relacionados a fobias), são aqueles que dizem respeito, por exemplo, ao medo de andar de avião ou estar em espaços apertados, medo de agulhas,
entre outros.
• Fatores físicos são situações que sobrecarregam o nosso organismo e interferem nas nossas necessidades básicas, de sono ou alimentação, por exemplo; como
trabalhar longas horas sem dormir e estresse no trabalho, privando a pessoa de consumir alimentos saudáveis ou em ter que estar em pé durante todo o dia. Podem
também incluir a gravidez, síndrome pré-menstrual, ou a prática de exercícios exageradamente.

De fato, há inúmeras origens de estresse, mas um dos principais fatores geradores de situações de estresse estão, geralmente, ligadas ao trabalho.

Esta pressão vai, muitas vezes, para além do que é razoável, fazendo do local de trabalho uma fonte geradora de muito estresse.

Na fase crônica de estresse, o corpo não faz distinção entre as ameaças físicas e as psicológicas. Quando estamos estressados devido a uma agenda repleta de
compromissos, uma discussão com um colega, um engarrafamento no trânsito ou uma montanha de contas a pagar, o seu corpo reage tão intensamente, como se estivesse
diante de uma situação de vida ou de morte. Como já vimos, se temos muitas responsabilidades e preocupações, a nossa resposta ao estresse de emergência pode estar
acionada a maior parte do tempo e quando o sistema de estresse do seu corpo é ativado, o mais difícil é desligá-lo.
Ele pode aumentar a pressão arterial, suprimir o sistema imunológico, aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, contribuir para a infertilidade e
acelerar o processo de envelhecimento.
Quando o estresse começa a interferir com a sua capacidade de viver uma vida normal por um período prolongado, torna-se perigoso. Quanto mais tempo o estresse durar,
pior tanto para a mente como para o corpo.

Tratamento para estresse – stress:

Não é possível encontrar um tratamento milagroso para o estresse. Cada pessoa possui mecanismos próprios para lidar com o seu estresse. Nesse sentido, não existe uma
receita padrão que sirva para todos de modo a combater o estresse. O combate ao estresse passou a ser, nos tempos modernos, primordial, pois o estresse excessivo
apoderou-se do nosso cotidiano.
A gestão do estresse deve ser encarada seriamente como uma forma de vida com foco a melhorar a nossa condição de saúde e, consequentemente, a nossa qualidade de
vida.
Encontre o que te faz bem, o que ameniza o estresse no seu dia, o que te traz o alívio aos momentos turbulentos que todos estamos sujeitos a nos deparar todos os dias. Uma
boa conversa com amigos, uma música, um bom livro. Uma caminhada, ir na academia, um esporte, um hobbie. Combater o estresse é um desafio de todos, porém cabe a
cada indivíduo achar uma maneira de gerir o estresse em sua vida

Lembre-se: qualidade de vida é o resultado dos hábitos que você
adota!

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